A música jamaicana anda em alta em Belo Horizonte e diversos eventos tem cada vez mais incoporado elementos dessa cultura, nem que seja pelo menos na divulgação ou nome. Nos dias 09 e 15 de abril, Belo Horizonte se tornará a Jamaica Brasileira. Dois finais de semana seguidos que promete trazer o foco para a capital mineira quando o assunto é cultura jamaicana.
Jackie “Singer Man” Bernard retorna aos palcos
Sucessos como “Singer Man” e “Sufferer” emplacaram nas paradas jamaicanas durante as décadas de 60 e 70, gravadas pelo trio vocal The Kingstonians. À frente deste trio estava Jackie Bernard com sua voz peculiar e linda! O trio trabalhou ao lado dos mais renomados produtores da ilha como Derrick Harriott, Duke Reid, Lee Perry e Coxsone Dodd. Profissionais responsáveis pelo lançamento de diversos hits que contribuiram para a imortalização do cantor. Após anos sem subir aos palcos e aos 63 anos ele retorna para se apresentar exclusivamente no Brasil. O artista passou por São Paulo e na sequência se apresenta aqui, Belo Horizonte, no sábado, dia 9 de abril.
Para acompanhar Bernard, uma seleção de músicos belorizontinos de bandas consagradas no cenário independente juntaram-se para prestigiar o cantor. Junto com a Pequena Morte, integrantes das bandas Iconili, Fusile, Raiz de Jequi, Junkie Dogs e Bangah compõe a Big Band que fará a base instrumental e vocal para os clássicos que marcaram a carreira de Jackie.
Completando a primeira noite jamaicana, seletores de três sound systems brasileiros e um Dj de Belo Horizonte escolhem o que vai tocar durante a noite nos intervalos sem show.
Nos toca-discos estão os anfitriões do RoodBoss Soundsystem e os convidados do Jurassic Soundsystem de São Paulo, que juntos fizeram uma viajem à Jamaica no último mês de dezembro. Foi em Kingston que tiveram oportunidade de aumentar seus acervos de discos e conhecer Jackie Bernard, daí, a idéia de trazê-lo para o Brasil. Continuando com as atrações, os amigos do Skadrophenia Soundsystem de Curitiba, participarão da noite com um set especial de nothern soul. Acompanhando a “pegada” black o Dj Yuga, já conhecido em Belo Horizonte pelo seu projeto Black Broder e diversas festas que promove, completa o time de seletores da noite.
A noite acontece no Studio Bar (Rua Guajajaras 842, Centro – próximo a Rua São Paulo) a partir de 22hs. A entrada é $20 na porta, sujeito à lotação da casa. É IMPORTANTE CHEGAR CEDO.
The Reggae Big Band
JACKIE BERNARD – VOCAL LÍDER (The Kingstonians)
Juliana Travassos – vocal (Bangah), Isabel Diniz – vocal (Bangah), Gustavo Freire – guitarra/vocal (Pequena Morte), Raul Gustavo – guitarra/vocal (Pequena Morte), Rafael Ludicanti – guitarra (Junkie Dogs), Gabriel Assad – baixo (Pequena Morte), Max – trombone/vocal (Pequena Morte), Paulo Barcelos – trompete/vocal (Pequena Morte), Henrique Staino – saxofone/vocal (Fusile), André Orandi – teclado (Iconili), Wesley Cançado – bateria (Raiz de Jequi), Tamás Bodolay – bateria (Pequena Morte), Tio Rô – percurssão (Pequena Morte)
A maior banda de Ska do planeta
Sem que se possa perder o ritmo, no final de semana seguinte, sexta-feira, dia 15 de abril, a mais famosa banda de ska, The Skatalites, se apresenta em Belo Horizonte. O show será parte do Flaming Night de número #17, festival produzido pela 53HC e já bem conhecido pelos belorizontinos.
Os Skatalites surgiram, incialmente, como backing band do estúdio mais famoso da Jamaica, o Studio One do produtor Coxsone Dodd. A banda reunia os melhores músicos de jazz, boogie-woggie, mento, calypso e ritmos africanos da ilha. Quase todos tinham a formação em comum, haviam estudado na Alpha Boys School (escola católica para orfãos que dentro da sua grade curricular ensinava música ao alunos). Foi essa mistura musical que deu origem ao primeiro ritmo verdadeiramente jamaicano: o Ska.
A sonoridade da banda era tão contagiante que os fãs começaram a se perguntar quem eram aqueles músicos por trás das canções que ouviam. Foi assim que Tommy McCook – principal integrante do Skatalites na sua origem e nome importantíssimo para a música jamaicana – sugeriu que formassem oficialmente uma banda: The Skatalites. A partir daí o Ska estourou e a banda ajudou a por a Jamaica e sua música em evidência nos quatro cantos do planeta. Os Skatalites já gravaram com diversos artistas de renome da ilha, inclusive Bob Marley quando o Wailling Wailers ainda era um trio vocal composto por ele, Peter Tosh e Bunny Wailer.
Completando o Flaming Night #17, as bandas Pequena Morte, – que lançou recentemente seu debut álbum: Defenestra! – Fusile e Peixoto & Maxado tocam seus repertórios animadíssimos. Abrindo os shows tem o americano Victor Rice com dubs e experimentações, além dos seletores do RoodBoss Soundsystem lançando as tradicionais pedradas jamaicanas em disquinhos.
O festa acontece no Music Hall (Av. do Contorno 3239, Santa Efigênia). Informações sobre a venda de ingressos, preços e locais de compras visitar o site da 53HC (vide Links).
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